Já não sangro. A tempos não sei o que é isso. Não sou anjo nem demonio. Sou eu buscando explicações coerentes para minhas ações insanas.
Busco paz em meio as dores que causei.
Busco paz no inferno que hoje vivo.
Busco silencio em um mundo de gritos que permeiam suavemente minha alma.
Sangrei pelas feridas que causei, mas são tantas que em mim já não ha vida.
vivo um falso amor, uma falsa vida, uma falsa esperança porque a tempos aceitei perder o que havia de mais valioso nela.
Matei que deveria permanecer vivo. Alimentei quem deveria ter matado.
Hoje sou algo que nem mesma eu saberia dizer.
Sou a dor em meio as lagrimas que caem e misturam tão docemente com o sangue que derramei.
Sou eu, mesmo não sendo eu. Sou algo que não deveria ser, tentando ser que preciso ser.
Nasci para a morte, hoje dirijo-me para a vida que encontrarei em seu meio tantas vezes negada, porem aceita.
Lamento tantos momentos não vividos. Minha vida é um cemiterio de pessoas que morreram em minhas mãos.
Temo a volta de Cristo, por tantas almas que matei ao invez de leva-las a salvação.
Ainda hoje ouço gritos no escuro de minha alma.
Ainda hoje ouço sangrarem enquanto observo.... como me arrependo. Todos os dias... Ainda hoje.